sexta-feira, 25 de maio de 2012


LITERATURA

A literatura cabo-verdiana é uma das mais ricas da África lusófona.
São Vicente foi também um importante centro do movimento Claridade, no qual vários escritores floresceram, naquele que é considerado o período de génese da literatura cabo-verdiana.

  Poetas são-vicentinos  
 Corsino António Fortes (São Vicente, 1933) é um escritor e político cabo-verdiano.
É licenciado em Direito, pela Universidade de Lisboa (1966). Integrou vários governos na república de Cabo Verde, país de que foi Embaixador em Portugal. Presidiu à Associação dos Escritores de Cabo Verde (2003/06). Autor de obras como Pão e Fonema (1974) ou Árvore e Tambor (1986), a sua obra expressa uma nova consciência da realidade cabo-verdiana e uma nova leitura da tradição cultural daquele arquipélago.



João Vário (Mindelo, São Vicente, 7 de Junho de 1937Mindelo, São Vicente, 7 de Agosto de 2007), principal pseudónimo de João Manuel Varela, que também assinou como Timóteo Tio Tiofe e G. T. Didial, foi um escritor, neurocientista, cientista e professorcabo-verdiano.
Estudou medicina nas universidades de Coimbra e de Lisboa e doutorou-se na universidade de Antuérpia, na Bélgica, onde foi investigador e professor de neuropatologia e neurobiologia. Ao jubilar-se, regressou à sua Mindelo natal.
Deixou uma obra poética extensa, mas ainda pouco conhecida do grande público. Foi muito influenciado pela cultural ocidental, tendo como referências Saint-John Perse, T. S. Eliot, Ezra Pound, Aimé Césaire, Dante e a própria Bíblia.

Obras de João vário

  • Exemplos 1-9, de João Vário, volume que reúne os Exemplos Geral (1966), Relativo (1968), Dúbio (1975), Próprio (1980), Precário (1981), Maior (1985), Restreint (1989), Irréversible (1989), e Coevo (1998).
  • O Primeiro e o Segundo Livros de Notcha (poesia), de Timóteo Tio Tiofe.
  • Contos da Macaronésia, de G. T. Didial.
  • O Estado impenitente da Fragilidade (romance), de G. T. Didial

    Referências

    Manuel Lopes (1907-2005), escritor, fundador da revista Claridade
    Ovídio Martins (28 de Agosto de 1928), poeta
    Sérgio Frusoni (10 de Agosto de 1901-29 de Maio de 1975), poeta

    sexta-feira, 18 de maio de 2012

    Luís Morais (1934-2002), compositor, flautista, saxofonista e clarinetista, fundador da

    "Escola Musical do Mestre Luís Morais.

    cultura de São Vicente.
    A ilha de São Vicente, em Cabo Verde, alberga a segunda maior concentração de população do país. Desenvolveu-se aí uma cultura rica, proveniente da sua população mista, vinda de várias outras ilhas. São Vicente sempre foi também a ilha mais aberta ao contacto com o mundo, devido às actividades do Porto Grande do Mindelo, permitindo assim o contacto com realidades culturais de outros países.
    A música ocupa uma posição de destaque na cultura de São Vicente. Os géneros mais significativos são a morna e a coladera. De entre os vários músicos cabo-verdianos originários desta ilha, podem-se destacar:


    Cesária Évora (Mindelo, 27 de agosto de 1941 — Mindelo, 17 de dezembro de 2011) foi a cantora de maior reconhecimento internacional de toda história da música popular cabo-verdiana. Apesar de ser sucedida em diversos outros géneros musicais, Cesária Évora foi maioritariamente relacionada com a morna, por isso também foi por vezes apelidada "rainha da morna". Era conhecida como a diva dos pés descalços.


    sexta-feira, 11 de maio de 2012



    Pôr do sol  no Monte Cara, imagem indescritível que só quem já visitou é que sabe e quem nunca visitou convido-vos a visitar a nossa ilha do Monte Cara.



     
    Sem palavras para descrever esta imagem do Porto grande a noite, uma das 10 baías mais belas do mundo.

     


     

     Geografia
    A ilha de São Vicente tem uma superfície de 227 km². Mede 24 km de leste a oeste e 16 km de norte a sul. É a sétima maior ilha de Cabo Verde (ou a quarta menor).
    Embora seja de origem vulcânica, a ilha é relativamente plana, especialmente a área central, a zona leste do Calhau e a zona norte da Baía das Gatas. O ponto mais alto da ilha é o Monte Verde com 774 m de altitude. Outras elevações importantes são o Monte Cara ― assim chamado por fazer lembrar um rosto humano olhando o céu (488 m no pico do "queixo", 480 m na ponta do "nariz", estando a maior elevação da formação montanhosa no pico de Fateixa, mais a oeste, com 571 m), o conjunto Madeiral/Topona (675 m e 699 m, respectivamente) e Tope de Caixa (535 m).

    Apesar da forte erosão, são ainda bem visíveis algumas crateras de vulcões como são o caso do vulcão Viana, no leste da ilha, e a própria baía do Porto Grande.
    A área urbana do Mindelo localiza-se na zona noroeste. As praias de areia branca da Baía das Gatas, Calhau e São Pedro são muito frequentadas. A ilha está quase totalmente despida de vegetação, tendo sido efectuado um trabalho de plantação de acácias nas zonas mais planas, como ao longo da ribeira de São Pedro (entre o Mindelo e o aeroporto em São Pedro), na Ribeira de Vinha e na zona interior de Salamansa. O sucesso destas plantações tem sido muito limitado.
    O clima é tropical seco, rondando os 24 °C de temperatura média do ar. A temperatura da água do mar oscila, durante o ano, entre os 12 °C e os 25 °C. Há duas estações: de Novembro a Julho decorre a estação seca e é quando sopram os ventos alísios; de Agosto a Outubro é a "estação das chuvas", embora a precipitação seja na realidade baixa



    População de São Vicente.


    De 434.625 no ano 2000, o número de habitantes de Cabo Verde saltou para 491.575, conforme os resultados preliminares do Censo 2010, realizado em Junho passado e que acabam de ser revelados pelo INE( instituto nacional de estatística). “A taxa de natalidade tem vindo a diminuir”. Santiago é a ilha onde continua a residir a maioria da população: 273.919, o corresponde a 56%, seguida de S.Vicente (15,5% - 76.107), Santo Antão (8,9% - 43.915), Fogo (7,5% - 37.051), Sal (5,2 % - 25.657), S.Nicolau (2,6 % - 12.817)... Maio com 6.952 (1,4 %) e Brava com 5.995 (1,2%) são as duas ilhas habitadas menos populosas de Cabo Verde.
    São Vicente e Santa Catarina são o segundo e o terceiro concelhos mais povoados do país, onde vivem, respectivamente, 15,5% e 8,8% da população. Em Santo Antão, o essencial da população da ilha vive nos concelhos e Ribeira Grande e Porto Novo (respectivamente 43% e 41%). No Fogo, 60% da população vive no concelho de São Filipe e um quarto (25,7%) nos Mosteiros

    sexta-feira, 4 de maio de 2012




    HISTORIA da ilha de São Vicente mais conhecida pela ilha de Porto Grande ou da Cíze( Césaria Évora).
    Descoberta no dia de São Vicente (22 de Janeiro) de 1462, pelo navegador português Diogo Gomes, escudeiro do infante D. Fernando, a quem ficou pertencendo por doação de D. João II, o rei seu tio. A ilha foi inicialmente outorgada aos Duques de Viseu que, porém, não procederam à sua ocupação, situação que se manteve depois de, por herança, São Vicente ter passado para a propriedade do rei D. Manuel I.
    Mercê da endémica falta de água, a ilha ficou, por muitos e muitos anos, relegada à humilde condição de simples campo de pastagem do gado de alguns proprietários da vizinha ilha de Santo Antão.
    São Vicente seria a última das ilhas do arquipélago a ser povoada. Foi só em 1838, quando se estabeleceu um depósito de carvão para abastecimento dos navios em rota pelo Atlântico na baía do Porto Grande, que a população se começou a fixar, fundando-se a cidade do Mindelo. Com a expansão do vapor, na segunda metade do século XIX, São Vicente teve um surto de desenvolvimento, com diversos depósitos de carvão ingleses em actividade e dezenas de navios a alcançarem o porto de Mindelo para se reabastecerem.
    A ilha tornou-se escala obrigatória a meio do Atlântico para navios de todo o mundo e marinheiros de muitas nacionalidades confraternizavam nas tabernas e cafés do Mindelo. Por essa altura, a cidade tornou-se um centro cultural importante e cosmopolita onde a música, a literatura e o desporto eram cultivados. Chegou mesmo a aventar-se a hipótese de se transferir a capital de Cabo Verde para o Mindelo.
    O ciclo durou apenas algumas décadas, pois com a substituição, no início do século XX, do carvão pelo diesel como combustível dos navios, o importante porto perdeu a sua preponderância, sendo substituído pelas Canárias e por Dacar. Mais tarde, a ilha ganhou novo fôlego como ponto de ligação transatlântica de cabos submarinos de telégrafo. Em 1874 foram amarrados os cabos submarinos da Western Telegraph Company (atual Cable & Wireless), ligando a Praia da Matiota, na ilha de São Vicente, à Madeira e depois ao Brasil. Em 1886, Cabo Verde ficou também ligado à África e à Europa através de cabo submarino.
    Do período áureo, a cidade do Mindelo conserva um centro histórico relativamente bem preservado, onde predomina a arquitectura de estilo colonial, sendo um bom exemplo o Palácio do Governador. O Liceu Nacional Infante D. Henrique (actual Escola Jorge Barbosa), inaugurado em 1921, teve enorme importância no desenvolvimento da consciência nacional cabo-verdiana, tendo lá estudado muitos dos obreiros da independência nacional, incluindo Amílcar Cabral e o antigo Presidente da República Pedro Pires

    HISTORIA DA ILHA DE SÃO VICENTE.
    Descoberta no dia de São Vicente (22 de Janeiro) de 1462, pelo navegador português Diogo Gomes, escudeiro do infante D. Fernando, a quem ficou pertencendo por doação de D. João II, o rei seu tio. A ilha foi inicialmente outorgada aos Duques de Viseu que, porém, não procederam à sua ocupação, situação que se manteve depois de, por herança, São Vicente ter passado para a propriedade do rei D. Manuel I.
    Mercê da endémica falta de água, a ilha ficou, por muitos e muitos anos, relegada à humilde condição de simples campo de pastagem do gado de alguns proprietários da vizinha ilha de Santo Antão.
    São Vicente seria a última das ilhas do arquipélago a ser povoada. Foi só em 1838, quando se estabeleceu um depósito de carvão para abastecimento dos navios em rota pelo Atlântico na baía do Porto Grande, que a população se começou a fixar, fundando-se a cidade do Mindelo. Com a expansão do vapor, na segunda metade do século XIX, São Vicente teve um surto de desenvolvimento, com diversos depósitos de carvão ingleses em actividade e dezenas de navios a alcançarem o porto de Mindelo para se reabastecerem.
    A ilha tornou-se escala obrigatória a meio do Atlântico para navios de todo o mundo e marinheiros de muitas nacionalidades confraternizavam nas tabernas e cafés do Mindelo. Por essa altura, a cidade tornou-se um centro cultural importante e cosmopolita onde a música, a literatura e o desporto eram cultivados. Chegou mesmo a aventar-se a hipótese de se transferir a capital de Cabo Verde para o Mindelo.
    O ciclo durou apenas algumas décadas, pois com a substituição, no início do século XX, do carvão pelo diesel como combustível dos navios, o importante porto perdeu a sua preponderância, sendo substituído pelas Canárias e por Dacar. Mais tarde, a ilha ganhou novo fôlego como ponto de ligação transatlântica de cabos submarinos de telégrafo. Em 1874 foram amarrados os cabos submarinos da Western Telegraph Company (atual Cable & Wireless), ligando a Praia da Matiota, na ilha de São Vicente, à Madeira e depois ao Brasil. Em 1886, Cabo Verde ficou também ligado à África e à Europa através de cabo submarino.
    Do período áureo, a cidade do Mindelo conserva um centro histórico relativamente bem preservado, onde predomina a arquitectura de estilo colonial, sendo um bom exemplo o Palácio do Governador. O Liceu Nacional Infante D. Henrique (actual Escola Jorge Barbosa), inaugurado em 1921, teve enorme importância no desenvolvimento da consciência nacional cabo-verdiana, tendo lá estudado muitos dos obreiros da independência nacional, incluindo Amílcar Cabral e o actual Presidente da República Pedro Pires